Bem-Vindo !

Este livro é sobre Engenharia de Requisitos, uma area de conhecimento fundamental para a construção de software.

A forma de publica-lo é diferente, mistura a tecnologia de blogs com a de páginas da internet. É um livro vivo.

A base desse livro é um pré-livro que escrevi em 1994. Por vários motivos não foi publicado em forma de livro e só agora -- Julho de 2007 -- consegui disponibilizar seu texto. Esse texto é arquivo imagem no formato "pdf". Esse texto não passou por processo de revisão editorial e contém alguns defeitos, alguns de Português e alguns conceituais. Os defeitos conceituais que existirem serão tratados na evolução do livro. Esse "blog" tem exatamente esse papel, tornar-se um livro vivo.

Os comentários serão abertos, com moderação, mas é pouco provável que sejam respondidos diretamente. Permitirei diálogos de leitores, desde de que sejam de interesse geral. Como o livro é de acesso livre, estarei utilizando anúncios veiculados pelo provedor desse conteúdo (Google). É a maneira que me parece ser mais adequada para essa iniciativa.

Esse livro é de minha inteira responsabilidade. No entanto, tenho que agradecer a PUC-Rio e ao CNPq que apoiam minhas pesquisas em Engenharia de Requisitos.

Os textos pertencem ao autor. Se gostou e quiser usar, use. No entanto, não esqueça de fazer a citação.
[Leite 07] Leite, J.C.S.P., "<"título da nota">","<"mes/ano ">", em Livro Vivo : Engenharia de Requisitos, http://livrodeengenhariaderequisitos.blogspot.com/, 2007

quinta-feira, 13 de maio de 2010

Truques de Becker : Parte I

Os truques (heurísticas) abaixo foram retirados do livro Segredos e Truques da Pesquisa de Howard S. Becker, Ed. Zahar, 2008. O livro original em Inglês foi publicado em 1998. O que estiver entre aspas é uma citação direta do livro. Mantemos as páginas para facilitar a consulta ao livro através de um rastro.

1. Truque da essência (p. 180)
"Quando levanto a mão, meu braço se levanta" se pensarmos nessa ação sem o braço, fica evidente que a ação não ocorrerá. Portanto lembre-se: esse truque ajuda a eliminar o acessório do que essencial num dado fenômeno. Becker chama esse o truque de Wittgenstein, porque essa reflexão provém do dito filósofo.

2. Truque da causa (p. 91)
Quando estudamos algo é importante usar a idéia de causalidade, já que isso permite estabelecer relações importantes. Beck argumenta que, o raciocínio sobre variáveis dependentes e independentes, quando se faz uma pesquisa, ajuda a estabelecer causalidade, já que, se uma variável dependente sofrer impacto com a mudança de uma variável independente pode-se estabelecer causalidade.

3. Truque da generalização (p. 165)
"Diga-me o que encontrou, mas sem usar nenhuma das características definidoras do caso real”. Ou seja, procure descrever algo que ocorreu sem utilizar os descritores fundamentais. Por exemplo, se você estiver diante de uma situação que envolve, por exemplo, professores e alunos num processo de avaliação de ensino, explique isso sem mencionar professores, alunos ou ensino. Isto é, diga que a situação envolve emissores e receptores e avaliação da qualidade da emissão. Generalizações são extremamente úteis, mas tem que ser utilizadas com muito cuidado.

4. Truque da resposta (p. 160)
"As informações que tenho são resposta para uma pergunta, qual seria essa pergunta?". Ou seja, uma vez tendo coletado uma série de informações sobre fatos, como será que esses fatos estarão relacionados com uma indagação? Que indagação? A resposta a essa pergutna leva a que, ao tratar desses fatos, fique claro qual o objeto de interesse em estudo, para o qual esses fatos sejam relevantes.

5. Truque da hipótese nula (p. 40)
Para explicação do truque chamado Hipótese Nula, recorremos ao livro de Pedro Alberto Barbetta, “Estatística Aplicada às Ciências Sociais”. Segundo Barbetta: “ Dado um problema de pesquisa, o pesquisador precisa saber escrever a chama hipótese de trabalho ou hipótese nula. Esta hipótese é descrita em termos de parâmetros populacionais e é, basicamente, uma negação daquilo que o pesquisador deseja provar. “, “Quando os dados mostrarem evidência suficiente de que a hipótese nula H0, é falsa, o teste a rejeita, aceitando em seu lugar a chamada hipótese alternativa, H1. A hipótese alternativa é, em geral, aquilo que o pesquisador quer provar, ou seja, a própria hipótese da pesquisa, considerando a foram do planejamento da pesquisa.
Como exemplo: “H0: a proporção de homens fumantes é igual à proporção de mulheres fumantes, na população em estudo.” e “H1: a proporção de homens fumantes é diferente da proporção de mulheres fumantes, na população em estudo”. Vejam quer a hipótese nula é colocada na forma de igualdade e a alternativa em termos de desigualdade. Para refutar a H0 é necessário verificar se os dados fornecem evidência suficiente, isto, em estatística, significa aplicar um teste de significância.

Veja mais aqui.

O livro de Becker usa o troque da hipótese nula como uma forma de coletar mais informações. Falamos sobre o caso de escolhas aleatórias de população de pesquisa e do caso do que você esta fazendo aqui. Escolher aleatoriamente participantes de uma pesquisa como hipótese nula leva a que se estude as razões de porque rejeitar tal hipótese e nesse processo aprende-se mais como melhor escolher os participantes. No caso do que você esta fazendo aqui, parte de uma hipótese aparentemente sem sentido, mas que ao tentarmos refutá-la consegue-se saber mais sobre a aparente falta de sentido da hipótese nula

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