Bem-Vindo !

Este livro é sobre Engenharia de Requisitos, uma area de conhecimento fundamental para a construção de software.

A forma de publica-lo é diferente, mistura a tecnologia de blogs com a de páginas da internet. É um livro vivo.

A base desse livro é um pré-livro que escrevi em 1994. Por vários motivos não foi publicado em forma de livro e só agora -- Julho de 2007 -- consegui disponibilizar seu texto. Esse texto é arquivo imagem no formato "pdf". Esse texto não passou por processo de revisão editorial e contém alguns defeitos, alguns de Português e alguns conceituais. Os defeitos conceituais que existirem serão tratados na evolução do livro. Esse "blog" tem exatamente esse papel, tornar-se um livro vivo.

Os comentários serão abertos, com moderação, mas é pouco provável que sejam respondidos diretamente. Permitirei diálogos de leitores, desde de que sejam de interesse geral. Como o livro é de acesso livre, estarei utilizando anúncios veiculados pelo provedor desse conteúdo (Google). É a maneira que me parece ser mais adequada para essa iniciativa.

Esse livro é de minha inteira responsabilidade. No entanto, tenho que agradecer a PUC-Rio e ao CNPq que apoiam minhas pesquisas em Engenharia de Requisitos.

Os textos pertencem ao autor. Se gostou e quiser usar, use. No entanto, não esqueça de fazer a citação.
[Leite 07] Leite, J.C.S.P., "<"título da nota">","<"mes/ano ">", em Livro Vivo : Engenharia de Requisitos, http://livrodeengenhariaderequisitos.blogspot.com/, 2007

segunda-feira, 31 de março de 2008

Reuniões

O uso da técnica de reunião durante a Elicitação é muito difundido em situações onde vários interessados devem ser ouvidos num mesmo contexto temporal. Pode ser entendida como uma extensão da técnica de entrevista ou da técnica de participação ativa dos atores (Clientes) do UdI.

Uma reunião pode englobar um ou mais atores no papel de engenheiro de requisitos. Os participantes de uma reunião de elicitação de requisitos são os interessados no sistema de software. Eventualmente um moderador de reuniões pode estar presente para ajudar a condução da reunião. A existência de um moderador dependerá do tipo de reunião a ser conduzida, tendo em vista que alguns métodos de reunião demandam o papel de moderador.

Reuniões permitem que requisitos sejam elicitados de uma maneira participativa, já que são vários, os interessados, além dos engenheiros de requisitos, presentes a uma reunião. Essa maneira participativa apresenta vantagens e desvantagens que precisam ser bem exploradas e controladas. Sob a ótica da vantagem tem-se que várias opiniões podem ser contrastadas de modo a enriquecer o conhecimento sendo elicitado. No que diz respeito à desvantagem, é preciso ter cuidados para que não se perca o foco da reunião, nem que divergências não-funcionais, aquelas referentes a aspectos pessoais dos participantes, sobressaiam.

Duas técnicas: “JAD” e “Brainstorm” são bastante mencionadas na literatura de engenharia de software. A última é uma técnica de reunião onde se enfatiza a opinião livre sobre determinados assuntos em pauta, principalmente sob a ótica de aplicação de novas idéias para a resolução de problemas. Esse tipo de técnica, quando bem conduzida e com pessoas criativas, pode, muitas vezes, resolver problemas de uma forma original e criativa. Na elicitação de requisitos a técnica precisa ter uma boa moderação de maneira a evitar a perda de foco, já que uma reunião de elicitação de requisitos não se destina a resolução de um problema, mas de aprofundar o conhecimento sobre determinado tópico. Veja aqui uma descrição sobre "brainstorm", aqui e aqui também.

O “JAD” (“Joint Application Design) tem por objetivo fazer com que os clientes e usuários participem, por intermédio de reuniões, na discussão sobre a definição de um sistema de software. O “JAD” tem formulários e processos bem definidos que ajudam os interessados na representação e discussão do conteúdo de um artefato de software. Vejam, aqui e aqui, textos sobre essa estratégia.

É recomendável a leitura do trabalho de mestrado de Cecilia Camacho sobre reuniões. A autora faz uma evolução de um método criado na PUC-Rio para aumentar o nível de conflito funcional em uma reunião.

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